Sucesso marca II Workshop Internacional em Biotecnologia na Saúde: Caminhos da Inovação

Evento promoveu discussões sobre novas tecnologias, parcerias estratégicas e oportunidades de desenvolvimento no campo da biotecnologia aplicada à saúde

Entre os dias 8 e 10 de abril, o Parque Tecnológico Botucatu sediou o II Workshop Internacional em Biotecnologia na Saúde: Caminhos para a Inovação, promovido pelo Programa de Pós-Graduação (PPG) em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP). O evento reuniu 265 participantes.

A programação trouxe à discussão temas gerais e específicos sobre produção tecnológica em biotecnologia, abrangendo as principais áreas de atuação, seus produtos, parcerias, classificação da produção, conexão com empresas, além de experiências internacionais. Também foram apresentados cases de sucesso oriundos da pós-graduação, como a criação de produtos e geração de startups.

Compuseram a mesa de abertura, o vice-diretor da FMB, professor Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção; o diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA/UNESP), professor Caio Carbonari; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Botucatu, Luís Fernando Nicolosi Bravim; o diretor do Senai/Botucatu, Tiago Ferreira; o vereador Nuno Garcia, representando o presidente da Câmara Municipal, Antonio Carlos Vaz de Almeida (Cula); a professora titular da FMB, Célia Regina Nogueira, representando a pró-reitora de pós-graduação da Unesp, Maria Valnice Boldrin; além das professoras Rejane Maria Tommasini Grotto e Marjorie de Assis Golim, integrantes da comissão organizadora do evento.

Ao discursar, a professora Rejane Grotto mencionou que a biotecnologia é uma área promissora, com um potencial transformador não só na medicina, mas também na sociedade. “Esse evento, além de ser uma oportunidade única para compartilhar conhecimentos e experiências, é também um marco na contínua evolução da biotecnologia com um pilar fundamental para o desenvolvimento de novas abordagens, técnicas, métodos e soluções no campo da saúde”, afirmou.

A professora Marjorie Golim reforçou que o intuito do encontro é difundir conhecimento, conectar o ecossistema de biotecnologia, unindo a universidade, o setor produtivo público e privado, e ampliar a capacidade produtiva no âmbito científico e tecnológico. “Para nós, o evento é uma oportunidade de unirmos esses atores que desenvolvem biotecnologia e inovação visando novas conexões”, afirmou.

O professor Caio Carbonari destacou a transdisciplinaridade do evento, que contou com uma programação ampla e com diversas abordagens, evidenciando a importância da integração entre academia, indústria e setor produtivo. “Essa interface entre as diferentes áreas de conhecimento é que vai impulsionar novas soluções de problemas tão complexos”, completou.

Para o professor Pedro Lourenção, o workshop propõe debates importantes sobre diferentes caminhos de inovação na área da saúde, e mostra um potencial enorme para o surgimento de novas ideias em Botucatu e região, desfrutando da estrutura existente na cidade e da força do segmento. “Este ano, a programação está ainda mais robusta, com mais destaque e mais temas. Uma programação que permite diálogo, network e diferentes experiências para alunos de graduação, pós-graduação e profissionais. Os frutos disso serão colhidos em breve, com muito mais inovação e oportunidades para estudantes da nossa universidade e de Botucatu”, declarou.

A palestra de abertura foi ministrada pelo pesquisador titular Rui Seabra Ferreira Júnior, diretor científico do Parque Tecnológico, que abordou o tema “Centro Nacional de Produção de Biofármacos e Biomoléculas: como transformar sua molécula em produto”. Durante sua apresentação, Seabra abordou o potencial das pesquisas biotecnológicas para impulsionar a produção de biofármacos e sua aplicação na indústria da saúde, os inúmeros feitos do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp, como os dois biofármacos desenvolvidos, selante de fibrina e soro antiapílico, e a construção da V-BioPharma/Unesp, uma Fábrica-Escola de Amostras de Biofármacos para Pesquisa Clínica.

Atividades

Ao longo dos três dias, o workshop buscou promover geração de conhecimento, divulgação, discussão, troca de experiência e de informações dos projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento junto aos Programas de Pós-Graduação Profissionais e Acadêmicos. Além de estender o acesso extramuros universitários, divulgando informações sobre inovação, desenvolvimento de bioprocessos e bioprodutos na área da saúde, fortalecer cooperação acadêmico-científica nacional, internacional e com instituições públicas e privadas.

Os participantes puderam acompanhar sessões de apresentação de trabalhos de caráter acadêmico ou relacionados a produtos tecnológicos nas modalidades oral e pôster. A elevada qualidade dos 56 projetos selecionados foi destacada pelos avaliadores e pela comissão organizadora do evento.

Na categoria apresentação oral, o 1º lugar ficou com Luidy Carlos de Souza Santos Quispe (aluno regular), que levou como prêmio R$ 800,00 em dinheiro e troféu. O 2º lugar foi para Tamires Serrano Gomes da Silva (egressa) (R$ 500,00 + troféu) e o 3º lugar para Beatriz Furtado Pegatin (aluna de graduação) (R$ 300,00 + troféu).

Já na modalidade pôster, o 1º lugar ficou com Agnes Suemy Varicoda (R$ 200,00 + troféu), o 2º lugar com Ana Clara Braz Rosso (troféu) e o 3º lugar com José Cavalcante Souza Viera. A premiação em dinheiro foi patrocinada pela AIUN (Agência Unesp de Inovação) e os troféus oferecidos pelo Parque Tecnológico Botucatu.

Avaliação

Daniel Lopes, diretor executivo do Parque Tecnológico Botucatu, fez um balanço positivo do evento e reforçou a importância das instituições promoverem iniciativas que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico. “A avaliação que faço do evento é muito positiva. É muito prazeroso ver a participação dos alunos, a interação, a vontade de aprender e mostrar aquilo que estão produzindo dentro da universidade. Acho que nossa função é essa, de fomentar a participação de empresas, fomentar ideias, fomentar o empreendedorismo”.

O executivo anunciou que a terceira edição do evento já está marcada para maio de 2026. “Espero que o próximo evento consiga trazer ainda mais alunos, mais ideias que possam virar negócios e atender as necessidades da nossa sociedade”.

Na avaliação da professora Marjorie, o evento cumpriu plenamente com seu objetivo. “Tínhamos como missão a difusão do conhecimento, ampliar a nossa rede de relacionamento e estabelecer novas conexões. Foi super importante a parceria com o setor produtivo. O que conseguimos vivenciar nesse período de imersão foi muito satisfatório. Nossa tarefa foi cumprida”.

Para a professora Rejane Grotto, o saldo do evento também foi positivo. “Foram três dias muito produtivos onde tivemos troca de conhecimentos entre a academia, o setor produtivo, os discentes, docentes, apresentações de trabalhos muito ricos. Para os alunos, o último dia foi especial por conta do contato que tiveram com o setor produtivo. Nosso programa se sente extremamente lisonjeado em organizar esse evento. É algo bastante trabalhoso. São meses de preparação, em busca de patrocínios. Lembrando que nosso programa é profissional e não conta com esse tipo de financiamento pela Capes. Tudo depende de patrocínio de empresas, de pessoas que se sensibilizam, até de egressos nossos que hoje têm empresas. Mas estamos muito satisfeitos com o resultado. Isso mostra que estamos no caminho certo”.

O II Workshop Internacional em Biotecnologia na Saúde: Caminhos para a Inovação marcou as comemorações dos 60 anos da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp – câmpus de Botucatu, 170 anos de Botucatu, 62 anos da FMB, 25 anos do Programa de Pós-graduação em Pesquisa e Desenvolvimento – Biotecnologia Médica da FMB/Unesp e 10 anos de atividades do Parque Tecnológico Botucatu. (Com informações da Assessoria de Imprensa do Parque Tecnológico Botucatu)

por: Carlos Pessoa – Assessoria de Comunicação e Imprensa – ACI/FMB

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